Tio Horus, PhD em tudo, responde: Animais

sábado, 4 de dezembro de 2010 às 00:07

Em mais uma da série de perguntas e respostas que só euzinho aqui perderia tempo pesquisando e te respondendo, hoje eu vou revelar respostas interessantes para perguntas pra lá de curiosas do reino animal.

As zebras são brancas com listras pretas ou pretas com listras brancas?

Essa é bem fácil. A genética determina a variedade de listras das zebras. Embora o processamento específico que determina esse padrão de listras não seja conhecido, tem algo a ver com a pigmentação seletiva. As células de pele conhecidas como melanócitos produzem os pigmentos que colorem o pelo. Certos mensageiros químicos regulam quais melanócitos produzem determinado pigmento na zebra.

Falando em listras, nos ocorre aquela velha questão: qual é a cor da zebra? A resposta mais aceita é "preto com listras brancas". Isso faz sentido, porque o padrão resulta de ativação de pigmentos (pretos) e de sua inibição (branco). Isso significa que o pelo é preto, e as listras brancas ficam onde não existe pigmentação. Como confirmação, a maioria das zebras tem pele escura por sob o pelo.

As baleias e os golfinhos dormem?


Em terra, os seres humanos e outros mamíferos respiram involuntariamente: Se não decidirmos respirar ou não, nosso corpo captará o ar automaticamente. Como vivem em um ambiente submarino, baleias e golfinhos precisam ser respiradores conscientes: Têm de decidir quando respirar. Conseqüentemente, para respirar precisam ser conscientes. O problema está aí, já que cérebros de mamíferos precisam entrar em um estado inconsciente de tempos em tempos para funcionar corretamente.

Os golfinhos têm muito tempo para tirar uma soneca entre suas viagens à superfície do oceano, claro, mas não é uma opção viável. Quando se é um respirador consciente, é impossível ficar completamente inconsciente - e se você não acorda a tempo? A solução para baleias e golfinhos é deixar metade do cérebro dormir enquanto a outra permanece acordada. Assim, o animal nunca está completamente inconsciente, mas ainda assim tem o repouso necessário.

Cientistas estudaram este fenômeno em golfinhos, usando a eletroencefalografia. Neste processo, eletrodos presos à cabeça medem os níveis de eletricidade no cérebro. Os eletroencefalogramas (EEGs) dos cérebros dos golfinhos mostram que no ciclo do sono, metade do cérebro do golfinho de fato "desliga" enquanto a outra metade ainda está ativa. Os pesquisadores observaram que os golfinhos ficam neste estado por aproximadamente oito horas por dia.

É comum ver os golfinhos nadando devagar na superfície, com muito pouco movimento. Aparentemente, estes golfinhos estão em repouso.

Como e por que os morcegos se penduram de cabeça para baixo o dia todo?

Há algumas razões diferentes para os morcegos se empoleirarem dessa maneira. Em primeiro lugar, isso os deixa na posição ideal para alçar vôo. Ao contrário dos pássaros, os morcegos não conseguem se lançar no ar a partir do chão. Suas asas não produzem elevação suficiente para alçar vôo sem um impulso inicial e seus membros inferiores são tão pequenos e pouco desenvolvidos que eles não conseguem correr para acumular a velocidade necessária para alçar vôo. Em vez disso, eles usam as garras dianteiras para subir até um lugar alto e se lançam de lá para iniciar o vôo. Dormindo de cabeça para baixo, em um lugar alto, eles ficam prontos para voar se precisarem escapar do abrigo.


Também existe pouca competição para conseguir locais de abrigo desse tipo, já que outros animais voadores não têm a habilidade de se pendurar de cabeça para baixo.

Os morcegos possuem uma adaptação fisiológica única que os permite se pendurar dessa maneira sem fazer nenhum esforço. Se você quer apertar um objeto, precisa contrair vários músculos em seu braço, que estão ligados ao seus dedos pelos tendões. Quando um músculo se contrai, ele puxa um tendão, que faz um de seus dedos fechar. As garras de um morcego se fecham da mesma maneira, mas seus tendões estão ligados apenas à parte de cima do corpo, e não a um músculo. Para se pendurar de cabeça para baixo, um morcego voa até essa posição, abre suas garras com outros músculos e encontra uma superfície para agarrar. Para fazer com que as garras se prendam a uma superfície, o morcego simplesmente relaxa o corpo. O peso da parte superior do corpo puxa para baixo os tendões ligados às garras, fazendo com que elas agarrem. As articulações das garras travam nessa posição, e o peso do morcego as mantém fechadas.

Como conseqüência, o morcego não precisa fazer nada para ficar pendurado de cabeça para baixo. Ele só precisa fazer algum esforço para se soltar, flexionando os músculos que fazem com que suas garras abram. Como as garras permanecem fechadas quando o morcego está relaxado, um morcego que morre enquanto está empoleirado irá continuar de cabeça para baixo até que alguma coisa (outro morcego, por exemplo) o solte.

Se uma baleia não usa necessariamente a água do mar para respirar, ela conseguiria vivem em água doce?


Baleias e golfinhos são erroneamente chamados de mamíferos marinhos, quando são, na verdade, mamíferos aquáticos, segundo a oceanógrafa Shirley Pacheco, do Centro de Biologia Marinha da Universidade de São Paulo. O que realmente limita a sobrevivência deles em água doce é a falta de comida nesse ambiente.

No mar, baleias se alimentam de fitoplâncton - um composto microscópico de algas e bactérias - e krill, um camarão minúsculo, quase microscópico, que as baleias comem às toneladas por dia. Na água doce não existe nenhum desses dois alimentos.
O ambiente de rio, também, sempre é menor e mais limitado que o mar. Por isso, as baleias ficam com pouco espaço para realizar suas manobras nesses ambientes.

Existem muitos outros mamíferos aquáticos que vivem em água doce. Um exemplo é a baleia branca beluga (Delphinapterus leucas), que habita as águas frias em torno do círculo polar ártico, mais especificamente, nas águas do rio São Lourenço, no norte do Canadá.  Outro cetáceo de água doce é o golfinho baiji (Lipotes vexillifer), hoje extinto, que vivia no rio Yan-tsé, na China.

Os casos de baleias que entram em rios são relativamente comuns. Em 15 de novembro de 2007, uma baleia minke (Balaenoptera bonaerensis) entrou nadando pelo rio Tapajós, um dos afluentes do Amazonas, no norte do país. Ela encalhou em vários bancos de areia e acabou morrendo cinco dias depois, mais de 1.600 km rio adentro. Em 2006, havia sido registrada uma outra baleia nesta região. Também em 2006, em janeiro, uma baleia entrou no rio Tâmisa e foi parar em Londres, a 63 km do mar. Acabou morrendo poucos dias depois.

Não é a água doce que provoca essas mortes. As baleias, quando por engano entram nos rios, podem já estar doentes, ou ter sido atingidas por embarcações, e se afastam de seu ambiente original.

Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha??


Essa é bem simples. A muito tempo atrás, os dinossauros apareceram. Os dinossauros colocavam ovos. Seguindo essa idéia, naquela época já existia o ovo mas nada de galinha, então a resposta é: O ovo! sacou?!
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